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Histórico de Normas Nacionais BIM

Por solicitação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em junho de 2009 foi instalada a Comissão de Estudos Especiais de Modelagem de Informação da Construção (BIM), a ABNT/CEE-134. Ainda no segundo semestre daquele ano, foi iniciado o primeiro Plano de Normalização Setorial (PNS) com o objetivo de traduzir a ISO 12006-2, tendo a primeira publicação acontecido em 2010 com o título: ABNT NBR ISO 12006-2: Construção de edificação – Organização de informação da construção – Parte 2: Estrutura para Classificação de Informação.

 

Feita a publicação, a CEE-134 incluiu em seu segundo Plano de Normalização Setorial (PNS) a proposta de desenvolvimento de um sistema de classificação da informação da construção a ser adotado no Brasil. Nesse período foram realizados estudos comparativos entre o sistema de classificação Omni Class com outros utilizados no Brasil, o que se mostrou inviável. Então, ainda em 2010, foi estipulado o objetivo da elaboração do Sistema de Classificação da Informação da Construção como um projeto de Norma Brasileira.

 

No ano de 2011 houve o lançamento da primeira parte da norma que compunha o grupo de normas da 15965, a qual é dividida em 7 partes:

 

– Parte 1: Terminologia e estrutura;

 

– Parte 2: Características dos objetos da construção;

 

– Parte 3: Processos da construção;

 

– Parte 4: Recursos da construção;

 

– Parte 5: Resultados da construção;

 

– Parte 6: Unidades da construção;

 

– Parte 7: Informação da construção.

 

Em 2012, o CEE-134 incluiu na terceira edição do PNS o estudo para desenvolvimento de normas relacionadas a Componentes BIM que veio a se tornar o segundo conjunto de normas BIM brasileira. O estudo acerca desse segundo conjunto de normas está correlacionado ao Item de Trabalho da Comissão intitulado Requisitos de Objetos para Modelagem da Informação da Construção (BIM), espera-se que esse último possua 19 partes, contemplando os seguintes temas:

 

Parte 1 – Terminologia e aspectos gerais

 

Parte 2 – Objetos em modelos de concepção arquitetônica

 

Parte 3 – Objetos em modelos de concepção de estruturas

 

Parte 4 – Objetos em modelos de concepção de sistemas prediais hidráulicos

 

Parte 5 – Objetos em modelos de concepção de sistemas prediais elétricos

 

Parte 6 – Objetos em modelos de concepção de sistemas AVAC-R

 

Parte 7 – Objetos em modelos de concepção de sistemas de iluminação

 

Parte 8 – Objetos em modelos de concepção de sistemas de impermeabilização

 

Parte 9 – Objetos em modelos usados para análise acústica

 

Parte 10 – Objetos em modelos usados para extração de quantitativos

 

Parte 11 – Objetos em modelos usados para planejamento e controle de obras

 

Parte 12 – Objetos em modelos usados para análise energética

 

Parte 13 – Objetos em modelos usados para análise de sustentabilidade

 

Parte 14 – Objetos em modelos usados para geração de documentação gráfica

 

Parte 15 – Objetos em modelos usados para detecção de interferências

 

Parte 16 – Objetos em modelos usados para visualização

 

Parte 17 – Objetos em modelos usados para facilities management (FM)

 

Parte 18 – Objetos em modelos usados para comissionamento

 

Parte 19 – Objetos em modelos usados para análise do ciclo de vida

 

Embora esse conjunto de 19 partes ainda não tenha sido lançado, no primeiro semestre de 2022 houve a publicação da ABNT PR1015:2022 – Ambiente comum de dados, sendo então publicada como uma Prática Recomendada para apoio ao mercado nacional.

 

Por hora, esse é o histórico de normas BIM brasileiras que temos até o presente momento. Na próxima semana, vou abordar o histórico de normas internacionais BIM que possuem um grande peso a nível nacional, tais como: ISO 16757, ISO 16345 e ISO 19650.

Blog - Imagem de Capa - Implantação x Implementação

Qual o termo correto: Implantação BIM ou Implementação BIM?

Afinal, qual a diferença entre implantação BIM e implementação BIM?

 

Implantação: A implantação é uma fase onde são testados todos os processos que foram previamente definidos como os melhores para executar o uso BIM. É o momento que a metodologia da “tentativa e erro” é amplamente usada e por meio disso se tira conclusões assertivas sobre a eficiência ou não dos processos. Esse plano é aplicado a uma equipe específica composta pelos funcionários internos mais preparados para executar os usos BIM e muitas vezes desenvolvido por consultores externos.

 

Implementação: Já a implementação, ocorre após a finalização da etapa de implantação, é o momento de por em prática todas as questões levantadas e processos escolhidos. Esse plano é executado pela equipe que participou do plano de implantação e abrange toda a empresa.

 

Essas duas palavras são consideradas parônimas na língua portuguesa, situação que ocorre quando as palavras são escritas e pronunciadas de forma similar, mas possuem significados diferentes. Portanto, devido essa semelhança dificilmente são diferenciadas no meio AEC na execução de uma implantação ou implementação.

 

Um plano de implantação BIM normalmente só é diferenciado do plano de implementação quando a empresa possui um número expressivo de funcionários, de modo que inviabilize os gastos com treinamentos da equipe e torne o gerenciamento dos recursos e definição dos processos muito complexos. Porém, não existe recomendações ou indicações na literatura sobre a quantidade de pessoas que devem compor uma equipe de implantação ou implementação.

 

E a conclusão que fica é a seguinte: o plano de implementação independe do tamanho da empresa e quantidade de pessoas envolvidas, por isso, podemos entender que ele sempre vai existir. Diferentemente da implantação, que deve ser avaliada caso a caso.

 

Está com dificuldade em fazer uma implantação BIM em seu escritório? Fale conosco!